O motorista José Maurício Dos Anjos, de 37 anos, morador de Joinville (Santa Catarina), passou por mais de 90 horas em 36 sessões de tatuagem para estampar o uniforme modelo 2015 permanente no corpo. A "camiseta" foi autografada no peito pelo ídolo flamenguista Zico, em 2017.
Avaliada em cerca de R$ 15 mil, a tatuagem iniciada em 2017 consumiu ao menos um litro de tinta, segundo o torcedor, das cores preta e vermelha. Em 2018, José Maurício transmitiu a finalização dela pelas redes sociais.
Apesar da dor, ele disse ter tomado apenas um relaxante muscular antes de cada sessão. “A sensação é de uma queimadura, mas não tive qualquer reação à tatuagem, fiz vários exames antes de começar. Também tomei o cuidado de fazer uma seção por semana. Em alguns meses, precisei parar, ou seja, fui fazendo tudo aos poucos”, contou, na época.
José Mauricio dos Anjos Flamengo - Rio de Janeiro (RJ) - Brasil Jairo Mariano da Silva, conhecido como Bacalhau, é um exemplo vivo de amor incondicional pelo Santa Cruz. Filho de um torcedor fervoroso do time pernambucano, ele herdou essa devoção desde cedo, quando seu pai o levava aos jogos do time.
Fascinado pelo título estadual de 1957, Bacalhau abandonou até mesmo a possibilidade de se alistar no Exército para viver em função do seu amado clube. Sua história é marcada por sacrifícios inimagináveis. Ele chegou ao extremo de arrancar todos os seus dentes para pintá-los com as cores do Santa Cruz. Por três dias, ele viveu sem dentes, aguardando que a tinta fosse injetada e os dentes reimplantados. Uma loucura para muitos, mas para Bacalhau, era uma prova irrefutável de sua devoção.
Os dentes de Bacalhau são tricolores, pintados de vermelho e preto, formando uma sequência que lembra a bandeira do Santinha. Esse gesto insano, porém repleto de amor, demonstra a profundidade da ligação entre ele e seu clube do coração. Mesmo passando por todo esse processo doloroso, Bacalhau não se arrepende. Para ele, a dor física foi insignificante diante do amor que sente pelo Santa Cruz. O clube, por sua vez, reconheceu sua devoção e bancou os custos do tratamento, tratando-o como um torcedor exemplar, um verdadeiro símbolo da paixão futebolística.
Jairo Mariano da Silva Santa Cruz - Recife (PE) - Brasil O Gaucho da Copa, se tornou torcedor símbolo após seguir a Seleção Brasileira em sete mundiais, desde a Copa do Mundo realizada na Itália, em 1990. Clóvis também acompanhava a equipe brasileira de futebol em Copas Américas, das Confederações e Olimpíadas. Ele percorreu mais de 60 países e assistiu a mais de 150 partidas da seleção.
Gremista fanático, segundo seu filho Frank, tinha como desejo que parte de suas cinzas fossem jogadas na Arena do Grêmio ou em algum jogo do Brasil.
Histórico de torneios que participou
Copa do Mundo de 1990 na Itália, Copa do Mundo de 1994 nos EUA, Copa do Mundo de 1998 na França, Copa do Mundo de 2002 na Coréia e Japão, Copa América de 1995 no Uruguai, Copa América de 1999 no Paraguai, Copa América de 2004 no Peru, Copa das Confederações de 2005 na Alemanha, Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, Copa América de 2007 na Venezuela, Copa das Confederações de 2009 na África do Sul, Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, Copa América de 2011 no Paraguai, Copa das Confederações de 2013 no Brasil, Copa do Mundo de 2014 no Brasil e Copa América de 2015 no Chile.
Clóvis Acosta Fernandes Seleção Brasileira - Brasil Torcedor fanático, de 32 anos, protagoniza uma jornada que mescla paixão e loucura em uma aventura única para acompanhar o Grêmio na Conmebol Libertadores. Partindo de Porto Alegre, Guilherme está prestes a completar uma viagem de quase 3 mil quilômetros até La Paz, na Bolívia, a bordo de um Fusca. Sim, você leu corretamente, um Fusca ano 1974.
O projeto intitulado “Até de Fusca Nós Iremos”, uma parte do hino do Tricolor, é uma iniciativa audaciosa de Guilherme, que visa acompanhar o maior número possível de jogos do Grêmio fora de Porto Alegre em 2024. Seis dias de estrada o separaram do seu destino, após atravessar a fronteira com a Bolívia pela cidade de Villazón.
O Fusca não é apenas um meio de transporte, mas um companheiro de viagem fundamental para esse gremista de coração. Para Guilherme, unir o amor pelo Grêmio ao fascínio pelo icônico Fusca é uma realização pessoal.
Mas essa não é a primeira vez que Guilherme se aventura em nome do Tricolor. Em 2016, ele embarcou em uma jornada até a Argentina para acompanhar uma partida da Libertadores, enfrentando percalços e até mesmo sendo dado como “desaparecido” por sua ex-namorada.
Nas redes sociais, Guilherme compartilha em tempo real sua jornada, mantendo seus seguidores atualizados sobre cada passo dessa aventura única. Financiado em parte por vendas pessoais e apoios de marcas e pessoas, o projeto é um exemplo de dedicação e amor pelo futebol.
Guilherme Martin Grêmio - Porto Alegre (RS) - Brasil Tia Ruth, a torcedora-símbolo do América do Rio de Janeiro, é conhecida por sua paixão inabalável pelo clube alvirrubro. Distribuindo rosas aos técnicos adversários e chamando os jogadores de "meus queridinhos", ela demonstra seu carinho pela equipe. Sua maior loucura como torcedora foi assistir à final do campeonato carioca de 1960, entre América e Fluminense, grávida de seu único filho, que nasceu prematuro devido à emoção do jogo.
Vestida com acessórios e roupas do América, Tia Ruth não hesita em mostrar seu amor pelo clube em todos os momentos. Personalizando cartões e incentivando a equipe com mensagens carinhosas, ela leva a esperança de vitória nos jogos. Os jogadores do time fazem questão de caminhar de mãos dadas com ela antes das partidas, demonstrando o respeito e admiração pela torcedora fiel. Tia Ruth não se considera supersticiosa ou fanática, mas sim uma apaixonada pelo América, levando consigo a fé na equipe em busca do sucesso.
Ruth Araújo Rodrigues América - Rio de Janeiro (RJ) Brasil Helinho, revela em tatuagens por todo corpo sua grande paixão – o Corinthians. Amor que virou profissão: “meu próprio marketing sou eu mesmo. Faço umas tatuagens em mim, em lugares que ninguém é capaz de fazer. É onde chama atenção e as pessoas me procuram”, conta Helinho. O torcedor montou um estúdio de tatuagem na capital paulista especializado em símbolos do clube.
Helinho tem o símbolo do Corinthians Paulista tatuado na testa, desenhos por todo pescoço e ainda o brasão do clube estampado no topo da cabeça. Todas as suas tatuagens são relacionadas ao time. A primeira foi feita por uma promessa a São Jorge, padroeiro do clube. Se o Corinthians fosse campeão brasileiro de 1998, ele tatuaria o santo no corpo. O campeonato veio e a promessa foi cumprida. “Como foi uma tatuagem cara, eu pensei: é fácil, vou ganhar dinheiro com isso também, vou recuperar esse dinheiro do São Jorge”, revela o tatuador.
Desde a infância Helinho era acostumado a desenhar o símbolo do time nos cadernos da escola. Hoje, aos 36 anos, é conhecido por ser especializado em fazer tatuagens do Corinthians, desde o escudo do clube até o gavião que representa a principal torcida organizada do time. “Antes da tatuagem eu trabalhei em contabilidade durante dez anos. Larguei da noite para o dia para virar tatuador”, conta Helinho.
Alexandre Helios Corinthians (SP) - Brasil Morador de Pombos, interior de Pernambuco, Marivaldo anda 60km para acompanhar as partidas no Recife: "Não me importo com quem me chama de louco. O Sport é minha vida".
O ponteiro marca oito horas da manhã quando Marivaldo coloca no pulso um relógio medidor de passos. Sem costume de usar o objeto, ele tenta se familiarizar. O olhar ansioso e o sorriso no rosto mostram a satisfação de quem está prestes a provar que é capaz de algo que muitos duvidam: sair de Pombos, cidade do interior de Pernambuco, andando, até o Recife, a 60km. Paramentado com um tênis velho, sem qualquer amortecimento especial, observa a saída da casa como se já estivesse vivenciando as 12 horas de caminhada que terá pela frente. O percurso não é novidade para ele. Somente este ano, Marivaldo está prestes a encarar a saga de atravessar três cidades a pé pela 20ª vez. Com um único objetivo: ver o Sport jogar.
Marivaldo não se permite usar branco. A cor está presente nos uniformes dos dois principais rivais, que nem sequer gosta de pronunciar os nomes. Com um short preto, ele escolhe meticulosamente uma das suas 14 camisas do clube do coração. A única que deixa de lado é a de 1987, ano do título do Campeonato Brasileiro: "Essa aqui eu vou fazer um quadro, não dá para suar".
Em evento online realizado em Zurique, na Suíça, o rubro-negro venceu o prêmio Fifa Fan Award 2020, destinado ao torcedor do ano.
Marivaldo Francisco da Silva Sport - Recife (PE) - Brasil Um relato sincero e apaixonado, que viralizou na internet, levou um pequeno torcedor do Boca Juniors a cumprir seu sonho. Benjamin ganhou as redes sociais após, em entrevista ao canal TyC Sports, dizer que vendeu seu PlayStation e que seu pai vendeu a moto para ambos viajarem ao Rio de Janeiro. Mesmo sem ingressos para a final da Libertadores. O vídeo comoveu uma famosa atriz argentina torcedora do time, que vai levá-los ao Maracanã.
“Vendemos a moto do meu papai, vendemos meu Play, para vir aqui. E não temos nem ingresso! Mas olhem o que é isso! Olhem o que é isso! Isso é Bocaaaa! Dale Bocaaa!”
A atriz argentina Carolina Ardohain, mais conhecida como Pampita, viu o vídeo e não pensou duas vezes. Em suas redes sociais, convocou os seguidores para achar o pequeno Benjamin. E os encontrou. Com ajuda da Absolut Sport, agência oficial da Conmebol para pacotes da Libertadores e da Sul-Americana, ela vai levá-los à decisão com o Fluminense no Maracanã.
O jovem torcedor do Boca e seu pai, Gkohan, saíram de Caballito, na grande Buenos Aires, até o Rio de Janeiro em uma van. Além dos ingressos, eles ganharam duas diárias em um hotel da cidade. O pequeno apaixonado pelo time xeneize não acreditou na repercussão da história.
Benjamin Gkohan Boca Juniors (Buenos Aires) - Argentina